domingo, julho 31, 2005

Visita à família

Este fim de semana decidi visitar a família... enfim, o velho trocadilho que todos fazem quando alguém vai ao jardim zoológico, antes que façam a pergunta ficam já com a resposta: siimmm, fui ao zoo visitar a família!!!

A minha última visita ao Zoo de Lisboa já tinha acontecido há muitos, muitos anos... já lhes perdi a conta... sei que na altura usava 2 totós e botas ortopédicas (maldito seja o pé chato que nos obriga a passar a infância com calçado fora de moda)!

Levava comigo uma vaga ideia do Zoo que tinha visitado em tempos, mas fiquei agradavelmente surpreendida com a transformação daquele espaço... só pelas jaulas dos felinos e pela aldeia dos macacos o tempo parece não ter passado.

Voltei a ser criança e a pular de contentamento por estar frente a frente com certos "amigos"... uma sensação de bem estar e alegria contida percorria todo o meu corpo, como se esse sentimento se fizesse transportar nos vasos sanguíneos e contagiasse cada pedacinho de mim à sua passagem!

Tal como nos tempos da escolinha achei por bem fazer a redacção contando como foi a visita ao zoo, o que gostei mais, o que não gostei... preparem- se para uma sessão de tortura caso optem por ler até ao fim!

'Tava a brincar... gostei de tudo menos de o teleférico ter parado devido ao vento (alguém o terá sentido abanar muito quando passava por cima dos leões...), ao fim de tanto tempo voltei finalmente ao zoo e logo tenho o azar de o teleférico estar parado... fazendo as contas aos anos passados entre visitas calculo que quando lá voltar já nem deve haver teleférico, mas antes uma nave ecológia, silenciosa e que circule dentro das jaulas!

A baía dos golfinhos será nesta fase uma das atracções principais do zoológico e tem motivos para isso... os golfinhos portaram- se à altura e o espectáculo dos leões marinhos está muito bem conseguido e chega a todos: miúdos e graúdos com direito a foto com o beijo do leão marinho (só não registamos em foto o momento seguinte, aquele em que nos transformamos em lindas leoas marinhas, casamos e vivemos felizes para sempre nas piscinas)!

Fora de zombarias, nunca imaginei que o leão marinho fosse tão agradável ao toque e tão simpático no contacto, com um certo odor a peixe, é verdade, mas vale bem a pena! De lamentar é o preço da foto, são 5 euritos... azar foi não os ter comigo e ter que deixar lá o registo desse momento digno de se conservar em memória! Há que reconhecer que podia ser um nadinha mais acessível mas todos estamos conscientes das dificuldades económicas que o zoo atravessa (a crise toca a todos)!

Houve, porém, momentos em que lamentei a sorte de alguns animais... pareciam verdadeiramente infelizes por estarem fechados num espaço tão reduzido (quase que nos falam com o olhar e expressão corporal, como se nos tentassem dizer um segredo)! Dou comigo a pensar no que seria melhor para eles, a liberdade (e os perigos que acarreta nomedamente no caso de espécies em perigo) ou o cativeiro do zoo... por muitas voltas que o Tico dê em torno do crânio não encontra uma resposta... qual tesouro escondido nas profundezas do oceano...

Não podia terminar esta composição sem deixar uma crítica, se não houvesse uma pequena apreciação desfavorável era de estranhar... se está escrito em locais bem vísiveis que não devemos importunar nem alimentar os animais porque é que há senhores que insistem em bater nos vidros e atirar pedaços de comida?

"Last but not the least" deixo a sugestão: visitem o zoo, são umas horas bem passadas na companhia da bicharada!

NB: Não se esqueçam de levar ténis e uma sandocha na marmita ;-)) e não esqueçam a célebre e eterna frase "Os animais são nossos amigos"! (os que estão no zoo e os outros... talvez as tarântulas não sejam muito sociáveis, ou os "cãocrodilos", já os pinguins (os que estão na foto) são um mimo!

sábado, julho 30, 2005

Eu vou... trabalhar agora eu vou!

Com o aproximar do fim das férias de Verão já me tira o sono pensar no regresso ao trabalho... até gosto daquilo que faço (mais do que gostar, adoro, vivo intensamente a profissão, deliro de paixão) só não gosto do local onde o faço pelo ambiente que envolve e nos suga as energias... queiram os deuses que tudo esteja tranquilo e os ânimos refrescados pelas novíssimas águas com gás levíssimas...

Pela 1ª vez em vários anos de casa desliguei por completo o interruptor que estabelece a ligação entre mim e o trabalho... evitei a todo o custo pensar nos pendentes e ter novas ideias que acabam por reverter em trabalho para mim mesma.

BASTA! Férias são férias... terei tempo para saber das novidades quando regressar aos dias compridos de muitas horas de trabalho e reflexão, de muitos sapos vivos (que nunca chegam a transformar- se em príncipes) a escorregar pela garganta.

Esta sensação de fim de férias nada tem a ver com a que sentia quando era estudante... mudam- se os tempos e tudo muda (não são só as vontades), terminar as férias é sinónimo de chatices a caminho, problemas por resolver, muitas crises de nervos e algumas noites em claro! É afinal, uma sensação idêntica à das 2ªs feiras multiplicada pelo nº de dias que estivemos fora...

Permitam- me a ousadia de passar para palavras este sentimento de frustração, tristeza e raiva por terminarem as férias... é como ser multado por excesso de velocidade por circular 5 km's /h acima do permitido; é como fechar a caixa do hipermercado quando estamos quase a ser atendidos e termos que nos deslocar para a caixa do lado e esperar uma eternidade; é como acabar a manteiga quando desejamos muito comer uma torrada; é como não podermos levantar 10 euros no MB porque só temos disponíveis 9,99 euros; é como estar um calor tórrido e quando decidimos ir à praia começar a chover, é como estarmos muito atrasados para uma entrevista de emprego e todos os sinais estarem vermelhos; é como investirmos uma pipa de massa em bons pneus de chuva para o carrito e nesse ano haver seca...

Estão inteirados da gravidade da situação, de como sou neste momento um ser perturbado com pensamentos dúbios e antagónicos, ou querem que continue a dobar a meada num novelo de lamentações?
...
Logo vi que não queriam assistir ao longo processo de enovelar... só custa o 1º dia, não merece a pena sofrer por antecipação!

PS.: Só para satisfazer a curiosidade relativamente ao post anterior, só fiz uma *linha no euromilhões :-( nunca tive sorte ao jogo... agora percebo porque é que a planta da fortuna, que tinha cá em casa, murchou!

sexta-feira, julho 29, 2005

Milhões para que vos quero!

Jackpot recorde... recorde de apostas! O desespero do povo já é tamanho que nos leva a ser o maior apostador dos 9 países inscritos no sorteio!

113 milhões de euros... 35,5 milhões apostados pelo portugueses até às 16h desta 6ª feira!

Confesso que não tenho por hábito acreditar na sorte... muito menos esperar que tantos milhões caíssem do céu directamente na minha conta bancária, mas não resisti à tentação de jogar! Lá diz a sabedoria popular "quem não arrisca, não petisca" e decidi arriscar pela 3ª semana consecutiva: uma e só uma aposta no boletim!

Incluo- me no lote de crentes que aguarda, uns mais ansiosamente que outros, pelo sorteio que ditará, ou não, um novo "euromilhionário"... até já fantasiei o que faria com tão distinta fortuna; quem nunca imaginou aquelas férias de sonho, aquela casa de sonho, aquele carro de sonho, dizer adeus àquele patrão que não é de sonho, é um pesadelo bem real e ajudar aqueles amigos que felizmente não são um sonho, existem e contamos com eles quer sejamos milionários ou uns pobretanas quaisquer! Quem nunca sonhou acordado que "atire a 1ª pedra"!

Honestamente nem desejo tantos milhões... o que quer que fosse já era bem vindo! Por muito fértil que seja a imaginação não chega para conceber ideias onde gastar/ investir tantos euros... é claro que teria que poupar algum para assegurar o futuro da restante família, distribuir outro tanto pelos amigos que merecem e criar uma instituição de caridade, daquelas que são reais e não meras fachadas!

Com um prémio destes em jogo é quase obrigatório jogar... temos que dar uma ajudinha à sorte, não é só queixarmo- nos da falta dela! Olhei para o sol e pensei... são quase 7h, ainda tenho seguramente uns 15 minutos para fazer a minha aposta.

Esgueirei- me preguiçosamente da cadeira e avancei confiante ostentando na mão o boletim da semana passada. A tabacaria estava cheia de gente até à porta, não havia lugar para estacionar, acabei por deixar o bólide quase à porta da minha casa (mania do comodismo, mais valia ter ido a pé)... lá fui, sabendo que iria passar 10 minutos dos meus últimos dias de férias na fila para apostar no euromilhões! Os outros apostadores esboçavam um sorriso rasgado e trocavam comentários trocistas "escusas de estar na fila a perder tempo, o prémio vai sair aqui ao je"!

Lá fora o negócio rende, numa churrasqueira improvisada feita a partir de um bidão velho que espalha no ar um cheirinho a bifana e entremeada bem regadas com a jola fresquinha!

Daqui por algumas horas já saberemos se valeu a pena a aposta, sendo certo que pelo menos nos permitiu sonhar mais um pouco com uma vida diferente... sabemos que os ricos ou venturosos também têm problemas mas da sua lista de preocupações não fazem parte essas "futilidades" como ter que esticar a guita (qual elástico do bungee jumping) até ao fim do mês e esperar não ter surpresas na caixa do correio como multinhas de trânsito inesperadas, uma apólice de seguro para pagar e por aí fora!

Ai ai... (murmuro com os meus botões) milhões para que vos quero...!

Vou continuar a planear baixinho (só para mim) a melhor forma de distribuir a fortuna desejando a melhor das sortes aos apostadores e que ganhe quem mais precisa!

Ora, então vamos lá ver... x para o meu veleiro, x para a maninha, x para a mãe, x para a avó... ... ... ...

Pagaste ou quê?

What The F***?

Spot PT
(...)
Pagaste?
Paguei!
Quanto é que pagaste?
Não paguei...
Mas disseste que pagaste...
E paguei...
...

Mau, digo eu, então em que é que ficamos? Pagaste mas devolveram- te o dinheiro em chamadas... So far so good (suspiro entre dentes)! Só não consigo perceber porque é que a imagem aparece dividida ao meio... e porquê aquele jogo de mãos?

Acredito que toda a publicidade é pensada e tratada em função do público alvo do artigo/ serviço, apesar disso como surgem anúncios assim? Ou eu e as pessoas que fazem parte do meu círculo de relações não estamos incluídos no público alvo daquela mensagem da PT, ou há ali algo de errado que está a impedir a mensagem de passar correctamente... (ou será que não existe lá nada para descobrir?)

Já passei imenso tempo a tentar traduzir a mensagem subliminar que se esconde naquele jogo de mãos e troca de olhares na imagem dividida ao meio mas o resultado tem sido sempre o mesmo, está muito bem escondida nas entrelinhas e... termino como comecei: what the f***!!!

Algum entendido em publicidade tenha a fineza de me esclarecer...

quinta-feira, julho 28, 2005

Maldita cocaína

Diz a agência de combate às drogas norte- americana (Drug Enforcement Administration) que o tio Bin Laden engendrou uma plano maquiavélico contra terras do tio Sam após os atentados de 11 de Setembro (também eles ardilosos quanto baste) que consistia no seguinte: comprar toneladas de cocaína aos colombianos para misturar com veneno e vendê- la nos Estados Unidos! Tenho que reconhecer que o tio Laden é mesmo mau, mas também é de uma inteligência e astúcia de causar inveja...

A miúde levanto o véu e represento no espírito o ar de pânico de algumas pessoas ao terem conhecimento da "boa" nova... podem, no entanto, sossegar o coraçãozito e tentar recuperar o tom rosado nas maçãs do rosto, que já assustavam de pálidas... Inspirações profundas podem ajudar a estabilizar o ritmo da máquina central do sistema... vamos lá então a aspirar o O2 circundante! "Bá lá ber"...

Mais calmos? Saibam que o plano falhou porque os colombianos recearam que o seu envolvimento no assunto viesse a prejudicar o negócio! (I wonder why...)

A notícia provocou- me algum sobressalto... um medo repentino de ver desaparecer tantas figuras públicas do mundo do espectáculo (música, cinema, moda, comunicação social, política and "soi" on, and "soi" on...) que idolatramos ou cuja carreira seguimos com algum interesse... personagens que preenchem páginas e mais páginas de revistas e jornais quer pelo que fazem, quer pelo que são, quer façam alguma coisa de jeito, quer não! Já para não falar nos ilustres anónimos (dava pano para mangas)... como sempre é a população civil que sofre na pele as terríveis e dramáticas consequências de certas políticas!

Um destes dias a paranóia ainda se apodera do mundo, não a provocada pelo consumo de drogas psico- estimulantes ou psicodislípticas mas a do temor perante novos ataques ainda mais fogosos!

segunda-feira, julho 25, 2005

Olha a língua da sograaa

As descobertas que se fazem no regresso à praia são de facto fascinantes e nalguns casos atractivas... para além das novas colecções de fatos de banho, os masculinos compridos e com flores e os femininos monoquinis e triquínis (esta é a parte fascinante), surgem novas atracções... estas mais viradas para os odores e para os sabores.

A praia está repleta de novos bronzeadores que exalam aromas silvestres e exóticos, os corpos ficam brilhantes e apetecíveis (finalmente acabaram com os protectores que deixam a cútis esbranquiçada e lilás depois do mergulho).

Entre tantas novidades pergunto: o que é que aconteceu ao mítico "olha a língua da sogra", ou "olha a batatinha frita" e ainda "é frut'óóóó chocolate... olh'óóóó gelado Olá"? Todos os slogans da praia que preenchem as minhas memórias da infância e juventude foram substituídos!? Agora têm pronúncia brasileira e respondem por "berlim, bola de berlim" e "bolacha americana".

São os sinais da evolução no tempo aos quais devemos estar atentos porque neles estão implícitas outras transformações! Reparem nas novas máximas... (não esqueçam a pronúncia brasileira)" olháá bolinha, frésquinha, com crémi, sem crémi" ou no caso da bolacha americana "olháá bolacha américana, dá p'ra a prima, p'ra mana e dura toda a semana".

Destas novas sonoridades e conteúdos podemos depreender que as bolas de berlim estão dentro da geleira e que não são as originais... onde é que já se viu bola de berlim sem creme? Será por causa da dieta alimentar que a grande maioria das mulheres tenta praticar ao longo de toda a vida ( há sempre uma mulher perto de nós que diz estar a fazer dieta, já repararam?)? Já que é para pecar ao menos que o pecado valha a pena... venha de lá um bola de berlim com tudo a que temos direito: muito açúcar e creme a transbordar!

E a bolacha americana? Se é suficiente para 3 pessoas e dura uma semana, só temos duas hipóteses: ou é muito grande, ou é um sinal de que a economia está realmente num estado preocupante e mais, temos que ir ao sapateiro mais próximo para fazer mais uns furinhos no cinto de forma a podermos apertá- lo até ficarmos com uma cinturinha de abelha!

A bola de berlim até me parece boa ideia mas a bolacha americana? Não podia ser antes uma Maria torrada?

Há, no entanto, coisas que nunca mudam... como o avozinho que veste os calções de banho na praia enrolado na toalha, presenteando- nos com momentos únicos de delírio! Avozinhos de Portugal: vistam os calções de banho em casa, no carro, no WC, em qualquer lugar menos na praia defronte dos restantes veraneantes! Há crianças de tenra idade que podem ficar inquietas e começar a colocar questões constrangedoras aos pais! Ou será que pensam que uma toalhita faz milagres? Acreditam que durante toda aquela agitação de veste e despe a vossa intimidade está salvaguardada? Saibam que não está! Eu estava lá e vi!!

Perdoem- me a ingnorância mas não podia terminar esta reflexão sem deixar mais uma das minhas dúvidas existenciais... qual a origem do nome desse biscoito "língua da sogra"? Não me parece um nome muito apelativo, afinal alguém quererá comer a língua da sogra? Será para ela deixar de falar? Mesmo que seja esse o intuito não soa lá muito bem...!

Chuac chuac

Eeeehhhh, povo beijoqueiro o nosso! (Desabafo)

Desde pequena (em idade, não em tamanho visto que este já não muda há largos anos e quando mudar será para os lados) que me complica com o sistema nervoso a forma como as pessoas distribuem beijos a torto e a direito.

O acto de beijar, mesmo na bochecha ou seja, sem qualquer aplicação à relação de intimidade homem/mulher (devo dizer também, actualizando a mensagem aos dias que correm: homem/homem e mulher/mulher) está completamente banalizado... sempre pensei que só devíamos distribuir beijocas aos nossos amigos e parentes e não como forma de cumprimento, até porque o beijo em si exige alguma proximidade e contacto que nem sempre estamos dispostos a ter com a outra pessoa!

O contacto é de tal forma próximo que ultrapassa certos parâmetros de gestão do espaço privado nos rituais de interacção... o beijo na bochecha chega mesmo a evoluir do estado de interacção social para o estado íntimo... se habitualmente mantemos nos rituais de interacção uma distância de cerca de 90 cm's estão a ver como esta distância é encurtada e reduzida a escassos cm's no acto do cumprimento.

Lembro- me daquelas situações que os narizes se tocam quando passamos de uma bochecha para a outra porque um dos dois calculou mal a distância e traçou a rota errada; recordo ainda aquelas ocasiões em que a outra pessoa transpira como um cavalo e ficamos com a cara húmida devido ao contacto, ou ainda aquelas vezes em que nos babam com o beijo ou as outras em que temos que levar com o hálito (às vezes mau) do sujeito. Perdoamos tudo isto quando são pessoas nossas amigas com as quais mantemos contactos pessoais, mas se acabámos de as conhecer ou se o nosso contacto com elas é apenas social e educado, não vejo porque havemos de nos sujeitar a esta proximidade e consequente troca de fluidos e cheiros.

Podíamos substituir o beijo na bochecha pelo aperto de mão mas até este é susceptível de levantar algumas questões pertinentes como a da higiene; já ouvi um amigo comentar por diversas vezes que apertar a mão a alguém deixa algumas reticências, nunca se sabe onde é que a pessoa andou com as mãos... para corroborar a sua tese socorro- me de um estudo uma vez realizado que denunciava que haviam sido encontrados vestígios de urina em utensílios como o teclado e o rato, as maçanetas das portas, os talheres e por aí fora... o que me leva a concluir que podemos estar perante uma caso de saúde pública! Não está enraizado o hábito de lavar as mãos depois de ir à casinha? Pensava que sim!

Ora isto deixa- nos cara a cara com um dilema: como havemos de saudar as pessoas? Podemos voltar ao estilo vénia! Deixávamos os beijos só para os amigos e parentes, o aperto de mão para os conhecidos e a vénia para os que acabámos de conhecer! Os homens, como habitualmente não se beijam uns aos outros (dependendo do estado claro... se for pela noite dentro e com alguma ajuda externa, lá vão trocando uns chochos carinhosos nas maçãs), podem adoptar o abraço em vez do beijo!

PS.: Às vezes interrogo- me... estarei a desenvolver algum tipo de hipocondria que há- de levar- me a lavar as manitas a cada 10 minutos? Onde é que arranjo tempo para pensar nestes disparates!?

domingo, julho 24, 2005

Sim, sr agente!

Cá estamos no prometido regresso aos escritos irracionais... confesso que tive que ponderar bastante até avançar com mais um recadinho destinado a cair em saco roto.

Ainda estou perplexa com a quantidade de agentes da autoridade (mais à frente terei oportunidade de os insultar, por enquanto mantenho as formalidades) que circulavam em direcção ao Algarve no fim de semana da concentração motard... fiquei com a sensação de que desciam das árvores e cheguei a vê- los sair do lodo junto à ilha de Faro! Diziam que o reforço policial se justificava pelo aumento de tráfego por entrarmos na 2ª quinzena de Julho... só não percebo o motivo pelo qual centenas de motards foram abordados pelas forças policiais como marginais ou terroristas; será que pensavam que transportávamos bombas nas mochilas e ficaram decepcionados ao verificar que eram apenas toalhas de praia e tendas de campismo?

Ainda estou para saber qual a razão que levou estas forças a bloquear a saída da auto- estrada após as portagens obrigando os motards a desligar as motas e a empurrá- las para a berma, tendo entretanto sido forçados a entregar a chave ao sr agente que contava com um forte poder dissuasor face a hipotéticas fugas: mais agentes munidos de poderosas metralhadoras apontadas aos pneus dos veículos! Muito bem... isto é respeito pelo cidadão!

Ainda estou para perceber o motivo pelo qual os senhores agentes que se encontravam na localidade de Mimosa se dirigiram aos motards encaminhando- os para as bermas como se estivessem a transportar gado!

Ainda estou para entender a razão que levou ao corte de trânsito na Ponte 25 de Abril no Domingo (último dia da concentração) só para os motards, claro!

Será porque os motards são uns inconformados que não estão dispostos a aturar certas manias de quem tem a mania que pode tudo? Será porque são os únicos que ainda conseguem gozar descaradamente nas suas barbas e barrigas flácidas quando avançam nas suas manobras e operações de caça à multa disfarçadas de prevenção da sinistralidade?

Na semana passada tivemos a confirmação dos próprios agentes relativamente à política de caça à multa... recorde- se de que avançaram com uma espécie de greve de zelo na qual se propuseram a não aplicar as tão desejadas multas (que permitem encaixar cerca de 62 mil euros/dia nos cofres do Estado) e a praticar uma acção pedagógica junto dos condutores... Confirmam- se as piores suspeitas que sempre tivémos acerca deste assunto!

Enfim... o que dizer perante tamanha barbárie? Já não basta levarem a cabo estas politiquices todo o ano como ainda as reforçam durante a maior concentração motard do país, uma das maiores do mundo que movimenta rios de dinheiro e convida milhares de motards a visitar o Algarve! O Banco Espírito Santo, patrocinador do evento, deve esfregar as mãos de contente com estas belas atitudes (tenho certeza de que não... tenho as minhas fontes! hehe), tal como os empreendimentos turísticos, os restaurantes, etc e tal!

Dizem as estatísticas que o número de presenças na concentração de Faro (que já leva 24 anos e já teve direito a livro de fotos: "Faro, uma viagem ao mundo dos motociclistas") tem vindo a aumentar, mas por este andar acredito que o sentido é de inversão e não de crescimento... pode ser que na altura alguém publique uma nova obra de fotos "Sim, sr agente" onde podemos ver um cordão de segurança à volta dos motards que aguardam pela verificação de documentos e aplicação da respectiva sanção (sim, porque há sempre uma... mesmo quando pensamos que está tudo em ordem!) antes de seguirem viagem até Faro.

Vá lá que no rescaldo nem tudo foi mau e há sempre algo que nos leva a querer regressar... o espírito esteve lá, sobretudo na noite de Sábado na ilha de Faro: um oásis no deserto rigorosamente vigiado pelos senhores agentes (nunca vi tanto bófia por metro quadrado!)... longas horas de "rateiradas" (nome técnico que designa que a explosão de ar e gasolina acontece fora do motor) com direito a melodias (o habitual vrum, vrum... vrum vrum vrum!), colectores incandescentes e cheiro a borracha queimada do pneu!

Quem nunca assistiu ao espectáculo estará agora a perguntar o que é que isto tem de interessante... é o espírito de fazer o proibido... milhares de motas juntas criam um ambiente de cores e contrastes num convívio pouco habitual entre os gabarolas que dão 300 e fazem 30 por uma linha, os que pensam que a mota é um moto-cultivador no meio do mato e os outros que não excedem os limites de velocidade e não cometem infracções ao código (pensam eles, pelo que tenho andado a investigar é quase impossível não infringir)!

É impressionante o número de pessoas que se junta naquele espaço criando uma moldura que não fica a dever nada aos estádios de futebol (tendo em conta as condições: empoleirados nos muros, nos terraços e varandas, às cavalitas uns dos outros, construindo autênticas bancadas humanas)... pena é este Portugal que só vive para o futebol (que também aprecio)... os nossos vizinhos espanhóis estão às dúzias nas competições motorizadas e nós, com este tempo magnífico, com adeptos e tantas condições para o desenvolvimento destas modalidades gastamos tudo no mesmo! A Fórmula 1 já não passa no Estoril, o mundial de rally também não vem a Portugal e qualquer dia o Moto GP deixa de vir... depois surgem estas manifestações espontâneas como as concentrações e cortam- nos as vazas a sangue frio!

Desabafos de quem esteve em Faro e assistiu à vergonhosa acção das forças policiais... excepção feita aos momentos em que se limitaram a orientar (e bem) o trânsito nos cruzamentos. Aí sim, estavam a prestar um serviço útil! (Já que apontamos os defeitos também temos que reconhecer as virtudes... aceito que fazem falta mas podiam ser um pouco mais benevolentes quando estamos a falar de um evento mítico!)

Para que fique registado: os motards não são anjinhos mas também não merecem este tipo de tratamento...

sexta-feira, julho 15, 2005

Até ao meu regresso!

Interrompo a calcadura da bagagem (conseguir levar tudo na mochila é um processo exigente que requer muitos cálculos matemáticos) para lembrar os caros amigos da blogosfera que estou prestes a sentar o traseiro num Ferrari de 2 rodas(é meu e se eu não gostar, quem gostará?) a caminho da maior concentração do país!

Já rezei a todos os santinhos para nos levarem e trazerem de volta sem arranhões e sem multas para pagar... espero que as minhas preces tenham chegado a quem de direito!

Sei que terão dificuldades em prosseguir com a vossa vida sem as minhas sábias (hehe) palavras, mas prometo levar o bloco de apontamentos para registar todas as situações (e mais algumas) dignas de destaque nas *linhas, para posterior publicação!

Bons mergulhos aos que ficam por Lx e até ao meu regresso!

Saudações calorosas, já com um travo a saudade!

quarta-feira, julho 13, 2005

Pub com *linha

Como assimilamos as mensagens da publicidade e as transportamos para o quotidiano, mesmo sem intenção de o fazer, senão vejamos...

Ponto prévio: é somente uma simulação absurda de uma conversa hiperbólica onde o único objectivo é enfatizar a presença da pub no nosso discurso... o certo é que já todos utilizámos as expressões que irão ver nos próximos parágrafos (ou outras das quais não me recordo no preciso momento em que redijo esta composição literária) ainda que, não todas juntas como poderão ler já a seguir neste rigoroso trabalho de reflexão e produção de conteúdo. (Reforço que a intenção é de facto exaltar excessivamente a publicidade, não estranhem a ausência de sentido nas frases que se seguem... ninguém no seu perfeito juízo teria uma conversa assim ;o)

Conversa entre o tipo e o fulano:

tipo: Ai, 'tou que nem posso (Frize)... Vou já avisar o Zé! (esta é velhinha, lembram- se? Era do Totta)

Marca o número e do outro lado atende

fulano (engano, mais à frente vão perceber porquê): Ok teleseguro fala a Marta... (OK, seguros)
tipo: Toucinho? É pra mim! How are you? (telemóveis) O teu vizinho é simpático? (Não tem nada a ver com... apeteceu- me, só para ficar bem na conversa com a próxima deixa)
fulano: Simpático... simpático é o Totta! (Totta) Vou é mudar de casa!
tipo: Já falaste com o teu banco? (BES)
fulano: É já a seguir... é que é já a seguir (crédito, acho eu), no sítio do costume! (Pingo Doce)
tipo: 'pera aí que estou sem twix aqui! (Twix)
fulano: E novidades?
tipo: Novidades só no Continente! (Continente)
fulano: Oh, falam falam, falam falam... (Original dos Gatos adaptado ao Montepio)
tipo: Mas eles são assim: onde você estiver, está lá! (telemóveis)

Trocando as frases da pub pela marca ou serviço ficamos com um resultado do género:

O tipo bebeu uma Frize antes de convidar o fulano para ir com ele ao banco, enganou- se a marcar o nº do tm e ligou para a OK... combinaram encontrar- se no Pingo Doce (sítio do costume) e arrancaram em direcção ao Totta, mas pelo caminho lembraram- se de pedir uma 2ª opinião ao BES/BIC... como era mais longe decidiram reforçar a dose anímica com um Twix comprado no Continente onde havia um balcão do Montepio. O tipo ligou para o Totta e para o BES a avisar que já não ía!

Moral da história: Estamos muito mais atentos à publicidade do que pensamos. Sempre que uma frase destas entra na moda o criador do anúncio dá pulos de contente! Um dia tenho que "bolar" uma ideia maravilha... pelo andar da carruagem (relendo a obra prima) não me parece que esse dia esteja para breve... hehe

terça-feira, julho 12, 2005

Informação>Motivação>Produtividade

A pedido de várias famílias (ou de nenhuma em concreto) decidi trazer a lume alguns conceitos básicos acerca da relação entre empregado e empregador... acredito que andam por aí alguns patrões muito equivocados nesta matéria e desta forma, estão a fazer tudo ao contrário e a semear algo que não pretendem colher no futuro- o fim da empresa como a conhecem!

O mundo do trabalho está a mudar comportamentos e filosofias (e a mudança já não é de agora) porque as estratégias não são definitivas e têm que ser adaptadas às condições de mercado. O conceito de trabalho seguro há muito que deixou de fazer sentido e de ter aplicação prática: já não há emprego para toda a vida! As alterações estão aí e exigem outras políticas ao nível da carreira e da própria estrutura organizacional da empresa... não havendo uma cultura de informação para com os funcionários face a estas mudanças, estes sentem- se perdidos e desmotivados... não há nada pior para a empresa que funcionários desmotivados que levam os outros a reboque da desmotivação!

Saibam, senhores empregadores, que a motivação não depende apenas do ordenado... esta é, na verdade, uma motivação primária dentro da escala, mas existem outras como as motivações físicas (relacionadas com o ambiente de trabalho: decoração, calor ou frio, etc) ou psicológicas (laços de amizade dentro da empresa, reconhecimento do trabalho, bom ambiente entre colegas...)! Quer isto dizer que se os senhores empregadores não podem aumentar salários (pelos motivos sobejamente conhecidos como a crise ou simplesmente por serem sovinas), podem contribuir com outros factores para manter o espírito de equipa e tudo a funcionar nos eixos, e não fora deles como se tem visto... perde- se o equilíbrio e acaba por se dar o descarrilamento!

Longe vão os anos 40, altura em que o único objectivo da informação interna era entreter ou distrair os trabalhadores... várias etapas foram ultrapassadas entretanto como a comunicação só de uma via, o modelo bidireccional assimétrico (em que se reconhecia o direito à resposta do trabalhador estando este num patamar inferior) até chegarmos ao modelo bidireccional simétrico, onde as empresas se ajustam aos seus públicos e mercados, e reconhecem o poder da comunicação na produtividade e como forma de motivar e satisfazer os empregados! (Como vêem, tenho a lição estudada)

É dado adquirido que a satisfação no trabalho é tanto maior, quanto maior/ melhor for a comunicação. Em jeito de conclusão ficam algumas dicas (não de minha autoria, mas de teóricos da matéria) acerca das metas que a empresa deve alcançar nas relações com os empregados:

1. estabelecer relações de confiança e credibilidade entre empregador e empregado
2. fazer a informação circular livremente (e que esta informação seja franca)
3. manter um clima de confiança no futuro
4. criar condições de trabalho saudável
5. responder a toda a informação e solicitação vinda dos empregados
6. promover a participação dos trabalhadores a todos os níveis
7. zelar pela continuidade do trabalho

Pelo que me foi dado a conhecer pelas famílias que solicitaram ardentemente este tema, andam por aí uns empresários que se julgam como tal, mas que afinal são apenas patrões que tiveram a sorte de investir no negócio certo no momento certo (pensam que estão ainda nos anos 40?). Parece- me, na minha santa ignorância, que a manter- se este estado de coisas, a médio prazo, deixarão de ser patrões passando ao ser reformados! Até lá, continuarão a substituir velhos empregados (não na idade mas no tempo de casa) por novos, que a seu tempo também se deixarão apanhar na rede da desmotivação e assim sucessivamente até... não se sabe quando!

segunda-feira, julho 11, 2005

Em 2ª fila

Estacionar em 2ª fila entrou mesmo na moda e reconheço que tem as suas vantagens... há coisa de 2 ou 3 dias um conhecido meu dizia em tom heróico, que se tinha deixado de andar às voltas à procura de lugar para estacionar o bólide... descobrira o estacionamento em 2ª fila e estava cabalmente maravilhado com o achado! Quando o outro condutor desejar sair, buzina simpaticamente e resta- nos aparecer, com um ar arrependido pelo incómodo causado, para deslocar a viatura e depois parar no lugar deixado vago!

Fiquei boquiaberta com tamanha revelação... logo eu, que tenho por hábito desperdiçar 15 a 20 minutos (quando não é mais...) do meu precioso tempo procurando lugar para o carro... chego a ficar alucinada de raiva quando não encontro um, nem perto nem longe, simplesmente não há lugar para mim! Acontece- me sempre que tenho que me deslocar ao Hospital Garcia de Orta!

Para estes meninos da 2ª fila tenho um história onde fui protagonista e da qual não me orgulho, mas foi mais forte que eu... todos temos os nossos momentos de fraqueza!

Era sábado, tinha chegado bastante cedo à 24 de Julho e estacionado o bólide num lugar excelso frente à Kapital. Radiante com distinta ventura avancei rumo ao restaurante onde cheguei à hora marcada com os restantes comparsas de folia. Decorridas 9h de intenso prazer pela noite lisboeta, encontro- me de regresso ao carro debaixo de uma chuva torrencial (daqui podem depreender que este episódio já tem pelo menos uns 2 anos) e reparo que está trancado por outro estacionado em 2ª fila!

"Era só o que me faltava... a estas belas horas ter o carro trancado e um dilúvio em cima da minha cabeça!" Dirijo- me aos portas das 3 discotecas mais próximas (onde abunda a simpatia) e indago pelo proprietário do bólide. Ninguém se acusa... não é de nenhum dos presentes e será de um ausente desconhecido! Só há uma solução lógica depois de meia- hora de espera forçada: ligar à corporação policial e mandar vir o reboque!

Então não é, que assim que o reboque engata o veículo, pronto para o levar nem sei bem para onde, aparece o feliz proprietário vestido de correntes no tronco e de cabelo espetado com gel (aquilo parecia argamassa ou uma espécie de capacete indestrutível)!? Olha para mim desavindo e sedento de explicações... respondo que perguntei aos porteiros de quem era o carro e que eles não o identificaram... respondo que esperei em vão para cima de meia hora! Mas...

O rapaz estava cego de raiva... cego e surdo, de tal forma que nem ligou patavina às minhas explicações. Limitou- se a gritar furioso " Há- des (sim, foi assim que ele disse!) passar pelo mesmo!" Aquilo caiu- me mal, digamos que foi pelo goto e deu- se a reacção... retaliei sem pesos de consciência pelo sucedido, afinal até tinha sido muito paciente... tinha tido o desprazer de falar com os portas à sua procura e ainda tinha que o ouvir rogar pragas e desaforos? "Com mil coriscos!"- pensei, e sem perder tempo bradei aos céus num tom de fazer inveja a qualquer peixeira do mercado: "Isso nunca me vai acontecer, sabes porquê? Porque eu sou daqueles parvos que andam às voltas à procura de estacionamento para não trancar o carro dos outros!"

Entrei dentro do bólide e arranquei a topo em direcção à ponte pensando como tinha sido desagradável aquele encontro com o fulano das correntes... defendo o lema "não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessesm a ti" mas não me consegui conter, ele era empregado da Kapital, só devia sair da disco depois do fecho e eu ía ficar dentro do carro à espera quantas horas mais? Então lembrei- me: das duas, uma: ou os colegas porteiros não conheciam o carro dele, ou este era emprestado ou ele era um "granda palhaço" que até merecia o castigo!

Fiquei convencida de que ele era uma "granda palhaço" e esqueci o assunto até me terem falado em estacionar em 2ª fila, há 2 ou 3 dias!

domingo, julho 10, 2005

Buy @ hipermercado

Domingo 12h15: doce acordar de um sonho do qual não me recordo mas sei que foi bom, como sei (perguntam vocês)... tinha que ser bom, caso contrário não durava as 11h de sono que tanto bem me fizeram ao espírito!

Tudo estava perfeito enquanto estirava os braços e as pernas por preguiça, até me lembrar de que a casa estava repleta de pequenas partículas de pó (alojadas esteticamente nos móveis) e de minúsculos grãos de areia no chão (generosamente transportados da rua para o interior)... de que a roupa permanecia amontoada no cesto da roupa que precisa de tratamento antes de voltar a ser usada e de que o frigorífico ansiava por peso nas prateleiras!

Do mal, o menos... há que arrancar de estômago vazio a caminho do hipermercado que fecha às 13h! Aproximadamente 10 minutos de caminho, estacionar e seguir a passos largos (quase desafiando as leis da marcha, se fosse competição teria sido desqualificada)... esqueço- me do carrinho mas já não há tempo para voltar atrás... faltam 10 minutos para o encerramento, um cesto chega perfeitamente!

Vou deambulando mandriona pelos corredores até ouvir nos altifalantes que o hipermercdao vai fechar e que o estimado cliente deve dirigir- se à linha de caixas para efectuar o pagamento... ainda bem que entretanto bebi um iogurte líquido... a sede já era muita e a força pouca para aguentar o peso do cesto carregado de bens essenciais como leite, cerveja, sumos, vinho e mais umas coisitas!

Chegada à linha de caixas deparo- me com o cenário habitual: longas filas de carrinhos cheios até cima, algumas caixas prioritárias onde estavam mulheres grávidas ou acompanhadas por crianças (vi várias mulheres com gémeos e uma com trigémeos... confesso que fiquei assustada com a hipótese de um dia ser brindada com 2 ou 3 miúdos em vez de 1 só...) e as famosas caixas expresso para compras até 15 unidades!

Como sempre há um preço que não está marcado e ouvimos nos altifalantes "Caixa central à caixa 15" ou "Patinadora à caixa 15" e lá chega esbaforida a menina de calçanitos para resolver o problema da falta de preço... "Não tem preço, é oferta da casa"- sempre sonhei ouvir isto, mas até à data ainda não aconteceu!

Reparo na operadora de caixa (serviço que até conheço por dentro) e registo na memória intermédia o seu "modus operandi", mal levanta os olhos quando se dirige ao cliente, diz um "Boa Tarde" engolido pela agitação dos braços fazendo passar os códigos de barras pela registadora, atira uns sacos de plástico para o lado para o cliente arrecadar as compras e diz em bom som e com voz colocada "são 39 euros e 74 cêntimos por favor"... "não me arranja os 74?"

E lá se seguem os clientes estilo linha de montagem... chega a minha vez e o tratamento é o de sempre, não é que seja antipática, limita- se a ser profissionalmente correcta... fico excessivamente aborrecida com a velocidade a que passa os artigos pela máquina... é sempre a mesma coisa, tenho que arrumar tudo ao molho sem ciência para dentro do saco... depois é ver a descompensação ao carregá-los pelo corredor fora até ao carro... uns cheios quase a rebentar as alsas e outros com uma embalagem de guardanapos! Com tanta ligeireza a dar andamento às compras do cliente, não é de estranhar ouvir umas garrafas a partir pelo caminho e ver uns sacos rebentados junto aos caixotes do lixo!

Tudo isto deve ser estrangeiro para quem faz compras no Jumbo... já reparei que o sistema de caixas deste hipermecado é muito mais eficaz... a própria operadora é que coloca, sem esforço, os artigos nos sacos graças a um inovador processo que aconselho os senhores do Continente a copiar!

O importante é que as compras já estão feitas e posso passar a tarde no sofá descansando de uma semana mal dormida... ora vendo os filmes repetidos até à exaustão, ora dormitando relaxadamente!

quinta-feira, julho 07, 2005

Atentado à inteligência

O que dizer depois de mais um bárbaro atentado à integridade humana, à tolerância entre os povos e credos... não consigo ficar indiferente! Pode ser receio, medo ou mesmo pavor de passar pelo mesmo... de um destes dias passar na ponte 25 Abril e sentir o chão desabar por baixo! Mesmo que não seja eu a sucumbir à desgraça... e se for um amigo, um familiar, um colega ou um conhecido?

Fico indignada com a falta de respeito pelo próximo e penso muitas vezes no que terá acontecido àqueles valores que nos ensinam na escola primária, como a preservação do ambiente e dizer NÃO à guerra. Pode parecer lamechice, mas qual é o problema de ser lamechas? Hoje decidi deixar o coração falar e as palavras fluem como gritos soltos numa estranha e complexa harmonia.

Lembro- me dos ensinamentos da professora... das suas tentativas para apaziguar as acaloradas discussões entre colegas de turma e de como éramos levados a defender acerrimamente a paz no mundo. Ainda hoje sinto que essa visão utópica vive em mim e sei que as crianças de agora sentem o mesmo... mas o que acontece quando crescemos? Porque será que esquecemos esse desejo de paz? Cedemos aos apelos do mundo moderno e transformamos os nossos actos puros em atitudes mesquinhas e desconfortáveis... só para ser melhor que o outro, só para ficar a ganhar.

Crescemos assim e não sabemos viver de outra forma... depois ficamos espantados quando vemos reportagens sobre pequenas comunidades que vivem isoladas do resto do mundo, vivem daquilo que a terra dá e criam alguns animais... só o suficiente para assegurar a subsistência. É bom viver com os luxos da vida moderna e ter um telhado que não voa quando há tempestade, porém sentimo- nos mal quando pensamos na forma vil como encaramos a vida... quais são os nossos objectivos?

Terá sido para isto que a espécie humana evoluiu? Para nos matarmos uns aos outros por desejos de riqueza e de poder? Ao menos os animais lutam por motivos válidos como o sexo! Se realmente existem ET's devem rir desalmadamente da nossa triste figura... lutando toda a vida por dinheiro!

Não dou razão aos americanos e restante trupe, nem aos árabes, nem aos católicos, nem aos budas... a razão não a dou a ninguém porque não sou hipócrita a esse ponto; tenho plena consciência de que entre nações a solidariedade é puro cinismo e interesse nas contrapartidas... lamento que assim seja.

Não compreendo porque não conseguimos respeitar- nos uns aos outros, porque não conseguimos ser tolerantes, porque somos tão espertos, inteligentes e desenvolvidos ao ponto de criar máquinas que trabalham por nós e aperfeiçoar a ciência e tantas outras coisas... e depois somos tão básicos que não sabemos viver com as diferenças e aceitá- las!

Fixo o olhar na parede clara e penso no quotidiano... se em actos simples do dia- a- dia, no contacto com os colegas de trabalho e com os amigos assistimos a acções pouco bonitas e que em nada abonam a espécie humana, se assistimos a programas como a Quinta das Celebridades (e outros do estilo) e nos deparamos com situações de conspiração, de maledicência e difamação e nada fazemos (porque não podemos ou não queremos) para mudar... então como alterar o estado das coisas quando movimentam tantos interesses e tanta riqueza?

No fundo são todos iguais... todos querem o mesmo. E nós, ilustres desconhecidos, cidadãos anónimos, o que é que queremos? Ninguém acredita na bondade e todos ficam surpreendidos quando se ajuda pelo prazer de ajudar e se é bom pelo prazer de o ser... ser bom é ser estúpido (nem sei como ainda não alteraram o significado da palavra nos dicionários) e ter este tipo de discurso é piegas e infantil... é irreal! Ou então é falso...

Entre nós não há, como nos filmes, os bons e os maus (que no fim são sempre derrotados)... a verdade nua e crua é que somos todos os maus da fita e, como tal, somos todos perdedores.

Até que ponto não teria sido melhor continuarmos a viver como animais embrenhados nas florestas... não sei, falo sem conhecimento de causa e de barriga cheia de superficialidades; não sou melhor nem pior, sou como todos os outros!

Uma tremenda confusão apodera- se de mim... a maldade e a inteligência vivem dentro de nós, devíamos valorizar mais aquilo que realmente é importante... curtir a vida. Era muito mais fácil se todos ficássemos felizes com a felicidade alheia e todos lutássemos pela felicidade e bem comuns...

É melhor ficar por aqui ou arrisco- me a perder todo o respeito que possam nutrir por mim... ainda começam a tratar de marcar uma consulta com um psiquiatra para agendar o internamento numa clínica para alucinados!

Acho que nasci na época errada ou então no corpo errado... devia ter sido cão ou pássaro, ou quem sabe um dinossáurio?

PS.: E nem cheguei a falar do aproveitamento político que se tira destas tragédias e de como os media esfregam as mãos de contentamento por ter assunto para 1 semana! Fica para outro escrito... A emoção tomou conta de mim e perdi a noção do resto!

quarta-feira, julho 06, 2005

Cedo erguer...

Estou a tentar convencer- me (sim, a mim própria) de que é muito bom acordar cedo, mas como até à data as tentativas têm sido infrutíferas, decidi tentar convencer- vos primeiro e só depois voltar à minha pessoa!

Acordar cedo é bom porque:

Às 5h da matina ouvimos o despertador à primeira, pelo que não há necessidade de adiar a tortura de 10 em 10 minutos. O despertar é de tal forma incomodativo que não queremos por nada neste mundo vivê- lo pela segunda vez.

Às 5h da matina ainda não está calor, logo podemos rebolar da cama para o chão, do chão para o WC e deste para a cozinha sem sentir aquele fluido segregado pelas glândulas sudoríparas (abreviando: o suor) a escorrer pelo corpo; além disso, ainda se consegue viver dentro do carro no caminho para o trabalho (nem toda a gente tem AC).

Às 5h da matina conseguimos tratar da higiene, vestir qualquer coisa (a primeira peça que saltar do roupeiro) e engolir o pequeno- almoço em tempo recorde e sem sair do modo automático.

Analisando fria e imparcialmente, voto na questão do vestuário como prioritária e decisiva para me convencer de que acordar cedo é benéfico e chego a uma notável inferência: poupa- se imenso tempo acordando às 5h... não se experimenta várias peças de roupa até escolher a que está em harmonia com a nossa condição de graça, porque qualquer uma serve quando se está em estado de sonambolismo severo. (Esta quase me convence...)

Às 5h da matina (vá... 5h30) é salutar parar para abastecer o depósito da viatura, por ser o único estabelecimento comercial aberto, onde se pode beberricar uma boa dose de cafeína.

Às 5h da matina não circulam transeuntes nem veículos na estrada, somos sempre os primeiros a parar no semáforo e podemos arrancar de pneus a esgravatar.

Às 6h da matina ainda não está ninguém no local de trabalho, o que nos deixa livres para brincar com a fotocopiadora, dar pontapés nos caixotes do lixo, sentar na secretária do chefe e tornar reais outros desejos similares como cuspir na maçaneta, colar uma pastilha elástica no telefone ou por baixo da mesa (gggrrr) ou não desarmar o alarme para verificar se funciona mesmo (ou seja, prestar um serviço ao patrão zelando pela manutenção da buzina).

Este último parágrafo está repleto de bons argumentos, não? (Nem sei qual deles o melhor... hehe)

E que tal... estão convencidos de que levantar cedo é bom... ou quê??? Por favor não respondam "ou quê" porque ainda me faltam 2 dias de tormenta! É suposto ajudarem... vá, digam lá que é bom e que não se importam de ir por mim amanhã...! Oh pá, vá lá...

terça-feira, julho 05, 2005

Porteiro, precisa- se...

Jovem, tens mais que 20 anos, tens a 4ª classe, medes mais de 1,85m e tens de largo acima de 90 cm's?

Vem já fazer as provas aptidão para porteiro na discoteca xxx.

Exige- se antipatia natural, nenhuma formação específica, pelo menos 2 anos de ginásio ou o equivalente para deixar as costas em "V", disponibilidade para trabalhar fora de horas e para dar umas murraças aos fulanos que insistem em entrar depois de barrados, cinismo ao pedir o cartão da casa (pois toda a gente sabe que não existe tal coisa cá na disco).

Oferece- se salário compatível com as funções, comissões por espancar fulano, beltrano e sicrano e os que mais aparecerem a importunar o descanso do gerente guerreiro, possibilidade de tratar abaixo de cão sujeitos educados, com formação e preceitos morais só por não simpatizar com a cara deles, autoridade e domínio para deixar passar à frente na fila e entrar sem pagar um tostão furado, os amigos e conhecidos!

Se reúnes os requisitos mínimos para exercer a função de porteiro liga já e marca a tua entrevista. Se passares nos testes de aptidão tens uma carreira promissora pela frente... quem sabe se não chegas a copeiro?

Responde só se reunires as condições mínimas... se tens um ar simpático e não te movimentas como um brutamontes (no sentido real da palavra: homem alto, forte, corpulento e monstruoso e no sentido figurado: estúpido, alarve e bruto) escusas de nos fazer perder tempo ou ainda levas uma arrochada!

Observação: Recordo que é tudo brincadeirinha... se porventura algum porteiro tiver a infelicidade de ler este post, saiba que às vezes o justo paga pelo pecador e até à data ainda só conheci os pecadores.

Reconheço que é preciso alguma paciência para aturar certos meninos que insistem em levar a sua avante, é essencial metê- los na linha quando começam a pisar o risco, mas alguma simpatia não vos ficava nada mal, afinal de contas até somos nós que vos pagamos o ordenado, arre...!

De qualquer das formas não moro em Portugal, vim cá só passar umas férias e dentro de uma horas vou regressar ao Bangladesh!


segunda-feira, julho 04, 2005

Amanhã o trânsito vai estar...

Nem eu, com a minha imaginação fértil repleta de ideias estapafúrdias me lembrava de tal coisa... tinham que ser os americanos a desenvolver uma ideia tão excêntrica: há um serviço de televisão nos EUA que prevê o estado do trânsito!

É o sistema "Beat the traffic" que combina gráficos de 3 dimensões a tempo real sobre as ruas que vão estar mais congestionadas nos dias seguintes. O sistema consegue também adivinhar os efeitos dos acidentes de trânsito, previsões atmosféricas, obras e eventos desportivos.

O objectivo da empresa é transformar as previsões de trânsito em algo tão habitual como as do tempo. Acreditem que não é invenção minha, consultem a notícia... http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=47&id_news=181018

Já me estou a imaginar a ver na TV a previsão meteorológica seguida da previsão de trânsito: "Amanhã vamos ter céu pouco nublado ou limpo nas regiões do sul e subida da temperatura... o trânsito vai estar lento (a chamada "filinha pirilau"), entre as 16h e as 18h, na Rua 5 de Outubro entre o cruzamento da Feira Popular e o das antigas instalações da RTP"... ainda bem que os criadores do projecto estabeleceram à partida uma comparação entre as previsões meteorológicas e as do trânsito, desta forma já ficamos a saber que a margem de erro é significativa, e que corremos o risco de amanhã termos um dia com céu temporariamente muito nublado e sem trânsito na 5 de Outubro!

Estou expectante e em estado de grande ansiedade pela chegada do sistema a Portugal... agora que começa o período de férias e que se adivinham valentes dores de cabeça nas principais auto- estradas em direcção ao norte e ao sul do país.

Sinto- me tentada a enviar uma mensagem aos criadores do projecto pedindo que seja acrescentada uma opção... para além da previsão do trânsito é possível prever também onde vão estar os radares e as operações stop da Brigada de Trânsito?

Não sendo possível adicionar essa opção, sugiro a criação de um novo sistema: "Beat the multa".

Já consigo visualizar na minha cabeça o genérico do programa emitido em horário nobre das televisões, com actualização permanente na Internet... o apresentador em perfeita harmonia com a matéria em causa, por exemplo um daqueles do tunning, vestido a preceito tendo como pano de fundo um GTI artilhado até ao mais ínfimo pormenor ( ópticas e grelha da frente alteradas, jantes especiais, ventilação no interior pintada à cor da carroçaria, manete das mudanças cromada, volante racing, luzes néon por baixo, já para não falar no escape de rendimento, nitro e alterações no filtro de ar e motor... e outros tantos truques que não vou enumerar para este aparte não se tornar excessivamente longo, como é meu hábito).

Imagino como trilha de fundo algo do estilo Daddy Yankee "Gasolina Remix" e como alto patrocínio uma conhecida marca de autocolantes para colocar no tampão do depósito (daqueles a imitar carbono)!

A julgar pela quantidade de "picadinhos" que circulam por essas estradas fora, o programa seria líder de audiências, superando a Quinta das Celebridades, o teste de fidelidade e outros... não sei até que ponto, as escolhas do Marcelo não seriam também ultrapassadas pela direita e em grande velocidade pelo programa do "picanço".

Está na hora de começar a circular um mail pelos amigos, reunindo assinaturas para o programa chegar a Portugal, não este (Beat the multa) que é fruto do meu pensamento imaginário, mas o original "Beat the traffic"... estou exorbitante de curiosidade para saber se funciona!

sexta-feira, julho 01, 2005

Tou xim?

Atender o telefone pode ser um acto crucial para a nossa vida social... acima de tudo porque revela muito acerca de nós; pela forma como interpelamos o outro ou como lhe respondemos, qualquer comum mortal percebe que tipo de pessoa está do outro lado do aparelho e mais, consegue descortinar de imediato qual o seu estado de alma.

Quem nunca atendeu uma chamada efectuada por engano pelo interlocutor, escusa de ler os próximos parágrafos deste documento porque não vai entender o busílis da questão... a chamada "questão essencial"!

Simulação da conversa:

1ª hipótese
Tou?
Tou? Eu queria falar com o Jaquim...
Jaquim? Não há aqui ninguém com esse nome
"tu tu tu" ( tradução: som de chamada desligada na orelha do outro)

2ª hipótese
Tou sim?
Tou? Eu queria falar com o Jaquim...
Deve ser engano...
Não é do 123456789?
Não, não... aqui é do 987654321
Peço desculpa... foi engano!

Depois disto tirem as vossas ilações. Das duas, uma: ou o senhor da 1ª situação está mal disposto ou é descortês por natureza. Com qual dos dois preferiam falar? Com o da 2ª hipótese, certo?

Verdade, verdadinha é que preferia não ter que falar com nenhum dos dois, visto ser engano (e se acontecer naquela fase em que estou a dormir ou naqueles momentos acabada de acordar, com a voz rouca e ainda sem vontade de abrir a boca, nem para comer, quanto mais para falar... aí chego a ser antipática: "Desculpe o incómodo, como desculpe o incómodo? Passei a noite em claro com insónias e agora que dormia profundamente e via no sonho a chave do Euromilhões, o senhor acorda- me para nada? Fique atento ao correio, terá notícias do meu advogado! Vou processá- lo por interromper o sonho... é que fiquei com a chave a meio!")... mas tendo que conversar com um deles, ainda que por breves instantes, antes o que pediu desculpa por ter ocupado o meu prezado tempo com uma conversa tão insípida.

Não ficamos por aqui... este tema é extraordinariamente vasto... nem vos passa pela cabeça a quantidade de situações que podemos explorar neste procedimento, aparentemente simples, que é atender o telefone! Felizmente existe este blog de utilidade pública para elucidar os demais em questões tão peculiares como esta! (Considero a hipótese de pedir um subsídio ao Estado... ter ideias todos os dias é uma árdua tarefa que devia ser recompensada, sobretudo tratando- se de assuntos tão proveitosos!)

Um exemplo de excesso de boa- educação (se é que se pode considerar a educação excessiva) é o atendimento ao estilo Call Center... instiga mesmo ao enjoo, lembro- me daquelas situações em que ligamos para o Help Desk, o telefone toca uma só vez e do outro lado alguém responde a uma velocidade relâmpago: Portugal Telecom, bom dia, fala a Marta (sempre a Marta! Será que fizeram algum estudo de mercado que atesta que o nome Marta tem um efeito mais eficaz sobre os indivíduos?), em que lhe posso ser útil? Depois desta introdução à conversa até me esqueço do motivo que me levou a fazer o telefonema!

E quando nos ligam do telemarketing, ou das empresas como a Marktest para fazer uma entrevista de meia hora? Conheço a experiência de ambos os lados da linha... qualquer um (quer o de entrevistado, quer o de entrevistador) é realmente fastidioso.

E naquelas vezes em que ligamos, o telefone toca e alguém atende no momento em que estamos na iminência de desligar porque já estamos agastados com a delonga no atendimento? Telepizza, boa noite, fala a Marta!

Tirando o atendimento profissional (tanto quanto possível) do call center com as habituais expressões como "em que posso ajudá- lo", "só um momento por favor", "peço desculpa pelo tempo que aguardou", não podemos descurar também aquele que não é profissional mas tem a obrigação de ser educado, como nas empresas normais. Lembro- me daquelas situações em que ligamos e alguém atende simplesmente "tá?" sem identificar a empresa, confirmamos se é do sítio "X" e pedimos para falar com fulano "Z", o indíviduo tapa o bucal e chama o "Z" que responde gritando " Diz que eu estou em reunião", quando se aproxima do auscultador já nós estamos furiosos dizendo "Deixe estar, eu ouvi!"

É por estas e por outras que avaliamos as pessoas constantemente e somos também alvo de avaliação... pensem nisso da próxima vez que atenderem o telefone!

É claro que tudo isto passa à história agora que surgiram os tm's de 3ª geração, e já podemos ver de imediato quem está do outro lado e se está com boa cara ou todo enrugado dos lençois ou de rezinga! Seja lá como for (com 3G ou com o telefone preto de disco com aquela campainha "Trrriiimmm"), simpatia e boa educação não faz mal a ninguém e ainda não paga IVA!