segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Trial Indoor Lx



Pela primeira vez assisti ao vivo e a cores a uma prova de Trial Indoor. As minhas expectativas não foram defraudadas mas confesso que a fasquia não estava muito alta, até porque nomes como Cabestany, Raga ou Fujinami não fazem, habitualmente, parte do meu léxico. Saibam pois, que foram estes senhores que subiram ao pódio do Pavilhão Atlântico numa cerimónia algo pobre e pouco expansiva. Diz quem viu

Acompanhei, quase com tanto entusiasmo como a prova em si, o desempenho do apresentador... com uma entrada à circo ao melhor estilo do "senhoras e senhores, meninas e meninos blá blá blá". Nunca, como naquela noite, me pediram tão encarecidamente para aplaudir. É verdade que o público estava ligeiramente ausente, talvez mais numa onda de pipocas e queijadinhas de Sintra, mas daí a pedir palmas tão insistentemente que nem dava tempo para acabar com as pipocas que tinha na mão, vão outros sete e quinhentos!

Também me pareceu um bocadinho redutora a forma como se referiu a Laia Sans, passo a citar "isto é muito difícil, até para um homem quanto mais para uma senhora"... acontece que a senhora em causa é "apenas" a hexa-campeã do mundo de Trial Outdoor! Mas tudo bem, percebemos a ideia, aquilo é realmente duro de roer e o senhor apresentador é mesmo uma pessoa esforçada (eu não faria melhor papel com certeza). Cheguei a considerar a hipótese de lhe oferecer um CD de efeitos com aplausos para aqueles momentos embaraçosos em que o público não responde minimamente aos apelos!

Um dos pontos altos da noite foi, seguramente, a entrada das cheerleaders da Repsol. Fiquei surpreendida quando as vi entrar frenéticas de pompons em riste... senti-me a passar para outra dimensão e por momentos pareceu-me ter visto a malta do filme "namorada aluga-se", porém esta visão depressa se dissipou... cambalhotas, mortais ou piruetas não faziam parte da demonstração... na verdade só consegui vislumbrar cabelos (que podiam muito bem participar no concurso do cabelo Panténe) e pompons em coreografias desencontradas e fora de tempo. Mesmo assim, sei de uns meninos da Repsol que não se importavam mesmo nada de ser animados por aquelas cheerleaders... chamavam-lhe um figo chegar ao trabalho e ter um incentivo daqueles!

Não sendo entendida na matéria, fiquei com a sensação de que, à excepção dos pilotos e das equipas, tudo o resto revelou um certo amadorismo... talvez por sermos mais experientes na arte de fazer a festa quando se trata de futebol! Resumindo e baralhando, foi giro!

domingo, fevereiro 26, 2006

Aquecer o lugar

Não consigo ficar indiferente à falta de educação e de respeito pelo próximo de alguns sujeitos que insistem em guardar lugar nos restaurantes de fast food. Se tivesse mais 1 metro de altura e 1 de largura e fizesse rotativos como o Chuck Norris, era bem capaz de partir para a ignorância! É inacreditável a forma impávida e serena como permanecem sentados, imóveis, à espera da refeição que um amigo há-de trazer, enquanto outros passeiam o jantar no tabuleiro, às voltas no restaurante à espera de um lugar vago.

Ora, o tempo de espera pela refeição é aproximadamente o mesmo da ingestão do famigerado prato (salvo seja, porque quase sempre se come sem prato), então qual é o propósito de marcar o lugar se a ideia base é circulação, movimento, aquilo a que chamo "ppcs" (pedir, pagar, comer e sair)? É por causa dos espertinhos que ficam a aquecer os lugares que o restaurante fica congestionado... já não basta ter que partilhar a mesa e as conversas com desconhecidos, ainda temos que dar umas trincas de pé encostados a um pilar qualquer enquanto esperamos que alguém se digne a dar lugar. Aquilo a que se assiste depois é uma pescadinha de rabo na boca... "Já que esperei tanto tempo de tabuleiro na mão agora vou ficar por aqui a mandriar também!" E assim desvanece o conceito de fast food onde a única coisa rápida acaba por ser o pagamento!

Vou começar a andar com uma placa dentro da pochete a dizer "reservado" para colocar onde quer que seja sempre que não me apetecer esperar!

Aviso

Ao comprar uma camisa vejam sempre a composição... se na etiqueta estiver 66% algodão, 34% elastano pensem duas vezes antes de efectuar o pagamento, a menos que não sejam vocês a engomar a dita camisa!

brought to you by *linhas

sábado, fevereiro 25, 2006

The Simpson's

Não tenho por hábito ceder facilmente a estes testes mas hoje deu-me para isto... sempre gostei desta família! Então bá... ide lá fazer o teste... bá lá ber!
You Are Lisa Simpson

A total child prodigy and super genius, you have the mind for world domination.

But you prefer world peace, Buddhism, and tofu dogs.

You will be remembered for: all your academic accomplishments

Your life philosophy: "I refuse to believe that everybody refuses to believe the truth"

Capitão Iglo

A minha alma ainda não se refez do efeito surpresa causado pelo novo Capitão Iglo... não sei se a mudança é recente ou não porque não tenho contribuído muito para a audiência dos nossos canais... por isso, caso a mudança tenha acontecido há muito tempo escusam de continuar a ler, sob pena de acharem as minhas considerações totalmente despropositadas!

Para chamar o sono refastelei-me no sofá de efeito relaxante e o resultado foi o esperado... deambulei para a cama e voltei a ligar a TV para manter o sonífero activo, foi então que vi o spot do Capitão Iglo... confesso que até me tirou o sono durante uns 10 minutos.

Depois do velhinho barrigudo e de barba branca (uma espécie de Pai Natal mascarado de capitão) e do galã moreno e vivaço, deram-se mais uns anos ao capitão que agora se situa na faixa etária, ali algures, da meia idade!

Gostava mais do primeiro... não obstante sempre preferi as barrinhas de pescada da Pescanova (no forno, que é mais saudável)!

Estou curiosa para conhecer o próximo Capitão... nada impede que o senhor que se segue seja moreno de olhos verdes, alto e espadaúdo, um regalo para a vista! Por outro lado seria inovador um Capitão de olhos em bico, de pele clara e corpo franzino; ou de olhos escuros arregalados, pele negra e musculatura definida; ou gordo com barba grande e desalinhada e aspecto pouco lavadinho com um chapéu de duas pontas afiadas... nada melhor do que fazer um estudo de mercado para descobrir quais as características que as mães das crianças apreciam no Capitão e que, portanto, poderiam levá-las a comprar o produto!

E se acabassem com o gasto Capitão e o substituíssem por um médico, um webmaster, um astronauta? Um sujeito moderno na vanguarda da tecnologia? Um daqueles tipos do WWF? (gggrrr, take it back) ;-)

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Love street@Verdizela

Percorri a interminável discografia disponível no pc em busca de um som que servisse de inspiração às *linhas e não resisti à "Love Street", do disco "Waiting for the sun" dos sempre vivos "The Doors". (Caramba! Os tipos tinham mesmo jeito! Ainda não consegui perceber qual é a minha preferida entre tantas! Passo a discografia pente fino e gosto de tudo!)

Vieram-me à lembrança aquelas tardes solarengas na Verdizela junto às ruínas daquela casa no meio dos pinheiros... sentados à beira do poço para onde sempre caía alguma coisa... um maço de tabaco, um isqueiro, estou errada ou uma vez caiu um capacete? Todos sentados a falar de disparates, as tradicionais discussões Honda vs Yamaha, alguém a curtir de cinquentinha nos trilhos até começarmos, sem mais nem porquê, a cantarolar a Love Street...

She lives on Love Street
Lingers long on Love Street
She has a house and garden
I would like to see what happens
She has robes and she has monkeys
Lazy diamond studded flunkies
She has wisdom and knows what to do
She has me and she has you
She has wisdom and knows what to do
She has me and she has you
I see you live on Love Street
There's this store where the creatures meet
I wonder what they do in there
Summer Sunday and a year
I guess I like it fine, so far
She lives on Love Street
Lingers long on Love Street
She has a house and garden
I would like to see what happens
La, la, la, la, la, la, la
La, la, la, la, la, la, la
La, la, la, la, la, la, la
La, la, la, la, la, la, la
La, la, la, la, la, la, la
Velhos tempos... estamos a ficar cotas mas continuamos nas tardes solarengas de Primavera a rumar para o meio dos pinheiros na Verdizela, junto das ruínas daquela casa, sentados à beira do poço a discutir Honda vs Yamaha (com Suzuki a vir à baila uma vez por outra) e a trautear a "Love Street". Já não vamos de cinquentinha, eles já não acreditam no sonho de pilotar em alta competição, os nossos voos já não são tão altos porém são mais reais e possíveis e no regresso já não voltamos para a casa dos pais...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

A gripe (outra vez)

Vi o jogo do SLB rodeada por 3 águias e 2 dragões... o jantar foi frango... sinto a garganta arranhada, dores no peito e um pinguinho no nariz... terei apanhado uma mutação do vírus da gripe aviária que vai levar-me também a cuspir fogo?

A vontade de sair de casa é bastante reduzida... será que se inventar uma greve dos portageiros da ponte consigo escapar-me impune ao trabalho?

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Olimpíadas matinais

E bom, cá estamos a estas horas... fantásticas para a prática de algumas modalidades onde posso considerar-me uma verdadeira campeã com fortes possibilidades de vir a ser medalhada, como a prática do mergulho para a cama, do sono profundo, da ginástica acrobática no colchão... Uma boa hora também para o desenvolvimento do alguns raciocínios ilógicos que só fora do estado normal de vigília se revelam em grande forma!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

O poder da mente

Deitei-me sabendo que iria dormir umas escassas 5h (o que, como já disse uma vez, é um número irrisório para o meu cu de sono) mentalizada de que fechava os olhos e de que logo a seguir ouvia o despertador a tocar obstinadamente, ditando a hora de sair sonâmbula para o banho e daí conduzir o bólide, numa espécie de piloto automático, para o trabalho... a propósito, já vos disse como me complica o sistema nervoso entrar às 5h50 (apesar de ser muito bom deixar o bulimento antes de o sol se pôr... o chamado "não há bela sem senão")? Faz-me espécie sair de casa sem tomar café, sem ver os e-mails e sem rabiscar umas tolices graúdas!

Que me lembre, nunca aconteceu não ouvir o despertador... no máximo ouvi-o a tocar e desliguei-o tão fugazmente que nem me vem à memória o apito da sua ingrata missão de me acordar do sono regenerador... mesmo assim, sempre que me sai na rifa este horário (raras vezes, diga-se) não consigo dormir! É muito estúpido ter sono e vontade de olhar para dentro e não ceder a esse desejo do corpo, acabando por ficar às voltas na cama à espera de ouvir o alarme!

Assim foi... por volta das 2h... das 4h e de outras tantas em que simplesmente me recusei a olhar para o relógio. E quando toca... baril, ouvi o chamamento do dever, só é pena estar podre de sono! Chego a casa pensando na sesta e num banho quente e deparo-me com uma dura realidade que embora já fosse do meu conhecimento estava esquecida no porão do sono: as obras à porta de casa e consequente falta de água até às 20h.

Assim sendo... vou mandriar para o sofá até começar o "Prós & Contras". Se tudo correr como habitualmente, será esse o meu sonífero de hoje!

domingo, fevereiro 19, 2006

Dica (ainda pela culinária)

Quando decidirem fazer um bolo certifiquem-se, antes de começarem a despejar e a misturar ingredientes, de que os têm todos nas doses recomendadas na receita... em definitivo, eu e a cozinha não temos grande afinidade!

sábado, fevereiro 18, 2006

Ah... seu malandrin(h)o!

Vergonha! Embaraço total! Rubor na face! Sintomas de quem passou uma semana a dizer ao mundo (vejam bem a gravidade, nas frequências habituais para Lx e sul do país e em www bla bla bla.pt) que o arroz é malandrino!

Só ontem, 8 dias depois de ter começado a odisseia de "o chefe recomenda", quando me disseram que o malandrino era só para enganar, percebi que era eu quem andava redondamente enganada e que afinal o dito arroz é malandrinho!

Alguém sabe dizer-me por que portas e travessas o arroz andou para se tornar malandrinho? O que é isso, pá? Se é soltinho porque é que não se diz arroz soltinho com coelho à caçador?

Andei a fazer umas investigações no petiscos.com e no gastronomias.com mas não descobri a origem do nome. Entretanto consegui apurar noutras pesquisas que há duas espécies a Oryza glaberrima e a Oryza sativa; é uma planta da família das gramíneas que alimenta mais da metade da população humana do mundo. Tudo bem e malandrinho porquê?

O arroz branco percebo porque é branco, o arroz de tomate percebo porque leva tomate, o arroz chao-chao percebo porque fala chinês, o arroz de manteiga percebo porque leva manteiga mas o malandrinho leva o quê? Doses de malandragem? Foge do garfo? Esconde-se nos bolsos?

Shame on me... shame on me!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Late 90's

Agora que está na moda o revivalismo dos anos 80 dei comigo a recordar histórias de finais de 90's... aquilo a que se chama estar um passo à frente!

Estava fazer 2 disciplinas no secundário por ter anulado a maldita matrícula de Latim (onde estaria com a cabeça quando me inscrevi naquilo?) e, como tinha muito tempo livre e pouca guita para as minhas despesas de teenager, decidi arranjar um part-time para comprar umas Levi's originais, uns All Star's, uma embalagem de clearasil e os acessórios da moda; era o meu 2º emprego... uma pizzaria de uma rede internacionalmente conhecida onde pagavam a módica quantia de 350 escudos / hora. O tinóni do gerente, sempre a endrominar e a exigir pizzas mais ferradas nos ingredientes (mentalizem-se de que o extra-queijo é uma ilusão) fazia horários de lord à namoradinha e às amigas e deixava os restantes a fechar a loja (ou seja, a trabalhar até mais tarde tendo que limpar o estaminé de ponta a ponta).

A verdade é que o senhor gerente de parvo não tinha nada! Um dia deslocou-se no seu descapotável para fazer um depósito no BES que ficava a 5 minutos (ou menos) da loja e imaginem só o seu azar... 200 contos voaram do carro para parte incerta!

Como diz o slogan da Media Market "eu é que não sou parvo"! Nunca mais vi o senhor gerente mas fiquei-lhe com um pó para o resto da vida... hoje recordo com um sorriso, na época fervia que me desunhava! Lembrem-me, um destes dias, de vos contar a história da barata!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Máquinas & companhia

É, no mínimo, um acordar diferente... saltar da cama de cabelos desgrenhados, sem força nas pernas e com secreções purulentas, mais ou menos consistentes, de cor amarelada ou esbranquiçada, formadas nos pontos lacrimais e nos bordos da conjuntiva... também conhecidas como remelas, as tais que formam uma neblina em frente à menina dos olhos que nos impede de distinguir completamente o que estamos a ver... abrir as janelas e os olhos, a muito custo por causa da claridade. Vislumbro várias cabecinhas a dar a volta no sentido da minha janela... "o que é isto, hum? Uma manif à minha porta? Quem é... quem é? Quantos são? Isto é para quê?"

Então esfrego os olhos com insistência e percebo que está uma retroescavadora a abrir um buraco na estrada 3 vezes maior que o meu carro! Dois senhores trabalham com pouca motivação (um dentro da máquina e outro no exterior dando indicações) e seguramente uns 5 ou 6 sujeitos barrigudos, de cabeça ao léu (entenda-se desprovidos de qualquer vestígio capilar) e de mãos nos bolsos cometam entre si o desenrolar dos trabalhos!

Está formada a comitiva que de há 3 dias a esta parte se reúne em assembleia por baixo da minha janela! Os populares supra entendidos na matéria deverão estar a delinear a melhor estratégia para a perfuração no alcatrão e para tal, encontram-se diariamente a horas impróprias para consumo (certamente por volta das 8h) a fim de supervisionar a obra e por lá ficam até os senhores das máquinas saírem para o almoço.

O contra é que não posso assomar à janela para abrir as portadas assim que acordo, mas durmo muito mais descansada sabendo que há um leque de homens que, a troco de nada, assegura a perfeita execução da obra, mesmo que não perceba peva do que se está a passar!

Isto sim, é cidadania... fazem-se tantos apelos à participação activa dos cidadãos na vida do país e eles aí estão... a responder em máxima força!

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Sofá do sono

O meu sofá tem um efeito demasiado relaxante! Todas as semanas acontece o mesmo... o tema do Prós & Contras interessa-me, os convidados esmeram-se e todas as semanas adormeço durante a 1ª parte! Acordo rabugenta no intervalo e esforço-me por ver a 2ª mas assim que dá o genérico vejo as cortinas a fechar e do sofá só para a cama, sem ter visto rigorosamente nada digno de registo.

Vou enviar um e-mail à produção do programa solicitando a alteração na cor do cenário... talvez seja aquele branco enfermaria o que me transporta para o sono profundo; se o cenário fosse todo vermelho (como o novo equipamento da selecção nacional) acredito que seria possível ver a 1ª parte do programa sem adormecer!

Para ver a 2ª parte bastaria passar do sofá para o chão! Macacos me mordam se não conseguir ver o programa todo na próxima 2ª feira!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Passeio domingueiro



Tal e qual os lagartos... assim que chegam os primeiros raios de sol capazes de aquecer os dedos gelados, as 2 rodas deslizam debaixo do lençol na garagem escura, com dificuldades no start e a luz de reserva a piscar mas sempre velozes, expeditas, prontas a responder ao punho enrolado, dispostas a rumar onde as quisermos levar! Que saudades de sentir o vento nas pestanas, o corpo debruçado a cortar o vento às fatias (como o aileron Matias!) e o coração a disparar com o poder de resposta da endiabrada!

Venha de lá o sol e o calor!


sábado, fevereiro 11, 2006

Obrigada, Pai!

Hoje... pela primeira vez, 4 anos e meio depois de ter feito as minhas malas, vieste jantar à minha casa.

(Na verdade...)

Hoje... pela primeira vez, 4 anos e meio depois de ter feito as minhas malas, convidei-te para jantar em minha casa e tu vieste; festejámos juntos o teu 51º aniversário e ...

(Só)

Hoje pela primeira vez, 4 anos e meio depois de ter feito as minhas malas, senti que te perdoava pelos erros do passado e que também tu me perdoavas pelos meus!

As histórias que relembrámos com ternura... o riso solto em cada momento recordado... a nostalgia quando saíste. Lembras-te daquela vez em que fomos andar na tua bicicleta verde e caímos os 2? Tivémos que apanhar boleia de uma carrinha de caixa aberta e fomos lá trás abraçados! E daquelas vezes em que saíamos para apanhar pinhas? E quando me fizeste um arco, no tempo da moda "hula hoop", com um tubo de electricidade que enfeitaste com fita isoladora de várias cores? Não girava tão bem como os das minhas amigas mas era muito mais giro. E quando fizeste um carrinho de cana para brincar na rua? Fui a primeira da rua a ter um daqueles e ainda tiveste que ensinar os pais dos outros meninos a fazer o carrinho. E quando me ensinaste a conduzir no descampado junto ao campo de futebol?

Tantas memórias... sinto que me reconciliei com o meu melhor amigo de sempre e por isso devolvo-te o estatuto de Super Pai (aquele que uma vez, depois de uma discussão, tirei da parede do hall)!

Energia no ar

Acordei e, como habitualmente, a primeira coisa que fiz foi abrir as portadas de todas as janelas... um sol fabuloso aceitou o meu convite e entrou pela casa. Pela primeira vez fiquei à janela... não passou um único carro, um único transeunte... um cheiro fresco a manhã acabada de acordar e um silêncio só quebrado pelo piar dos pássaros na sua rotina diária e por uns visitantes pouco comuns nestas paragens nos tempos que correm - ovelhas que pastavam 2 ruas abaixo... o ruffs todo esticado ao sol espreguiça-se molengão.

Não resisti e fui buscar os binóculos... não fossem os pinheiros em frente e teria conseguido avistar Lisboa... fiquei-me pelo Cristo Rei e pelas vistas da Apostiça.

Tenho que voltar a fazer umas caminhadas matinais... sinto energia no ar.

Isto é qualidade de vida! Já o Joe Cocker diz e com razão "the best things in life are the simple things"!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

"Cagava o pé todo..."

Parece que está finalmente resolvido o impasse da rampa da polémica do túnel dos morcões (sem ofensa, acho graça ao vocábulo) o que diz quem sabe!

A solução parece-me deveras, como dizer... huummm (pensativa)... basbaque (!!!) - reduzir o limite de velocidade para 30 km's/h! (Só não percebo se a redução se aplica a todo o troço do túnel ou apenas à saída; deduzo que seja a 2ª hipótese).

"No topo da rampa, vão ser colocadas bandas sonoras e um sinal de proibição de circulação acima dos 30 quilómetros por hora. O pavimento da rua vai ser substituído por um lajeado de granito amarelo que obrigará também à redução da velocidade. "

Segundo ouvi na TSF a circulação acima dos 30 km's/h poderá originar graves danos na suspensão das viaturas. O que me deixa extraordinariamente atónita... 30 km's/h!? Têm noção do que é circular a essa velocidade? Modéstia à parte, passo por eles de bicicleta e até os abano, a eles e ao museu! Afinal o objectivo é descongestionar o trânsito ou deixar os carros arrumados em filinha pirilau dentro do túnel?

Venham para o túnel do Marquês com essas ideias à professor Pardal, venham (em tom de ameaça que eu sou má como as cobras)... nem sabem o que vos espera!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Maomé e a montanha

Irra! Já causa enfado o enredo desta novela... faz lembrar a saga interminável do "Anjo Selvagem"! Quanto tempo mais irão prolongar as provocações de parte a parte? Nunca ouviram dizer que o que é demais faz doer a barriga?

É lorpa esta intolerância e intransigência... o mundo é do tamanho de uma ervilha e se queremos viver cá todos talvez tenhamos que mudar alguns comportamentos... ou então, teremos que semear um feijão tamanho XXL como o dos contos infantis! (Desde que não seja eu a cuidar do feijanito... agricultura não é o meu forte e as aulas de hortofloricultura há muito que se varreram do pensamento!)

Não dou nem tiro a razão a nenhum dos protagonistas... ambas as partes têm as suas motivações válidas qb.

Será preciso uma operadora de telecomunicações explicar a estes senhores o que se passa... como se eles fossem muito burros!?

N.B.: Andava a evitar trazer o assunto às *linhas mas não resisti à tentação de manifestar o meu desagrado perante a intolerância... essa sim é intolerável, tudo o resto pode ser resolvido com boa vontade!

domingo, fevereiro 05, 2006

Efeito Highland

Quatro pessoas em frente a um catalítico numa festa de aniversário, numa noite de muito frio esperam pelo pessoal que se deslocou à churrasqueira... o aquecedor não chega para espantar o frio e recorrem a uns tragos de whisky para fazer subir a temperatura.

O DJ de serviço está absorvido pelas melodias que mistura avidamente no PC, com o auxílio da caixa mágica e do Virtual DJ; os projectores apontam para o tecto definindo cores e formas e a escuridão envolvente com o fumo que paira no ar fazem ver focos de luz vindos do catalítico... o que estás a ver no aquecedor?

A imaginação flui e as ideias emergem entre goles de highland (que bela m*#$a de whisky)... conseguem visualisar bonecos animados, extra-terrestres, atletas, sujeitos nas mais estranhas posições e personagens sobejamente conhecidos... até que alguém com grande espontaneidade e desibinição diz: "não sei como conseguem ver essas cenas todas... eu daqui só vejo um c%&$#*o gigante!"

É preciso tão pouco para nos sentirmos bem... é o efeito Highland!

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Find and Fix

As *linhas advertem:

Sinais que denunciam o desequilíbrio daqueles que nos rodeiam (e de nós próprios):
1. roer as unhas e / ou as peles à volta
2. pele escarafunchada em torno de pequenas borbulhas e pontos que se transformam em crateras gigantes
3. suspiros constantes

Se identificam um ou mais destes sinais acautelem-se... algum dos pratos da balança tem menos peso que o outro!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Carrinho alucinado

Detesto fazer compras com carrinho no hipermercado. Não sei quem assegura a manutenção dos veículos mas sei que não tem jeito... já nem me dou ao trabalho de escolher porque calha-me sempre um com a direcção torcida e com vontade própria, que o leva a embicar para as prateleiras, para as pessoas e para todo e qualquer obstáculo que surja no caminho.

É impressionante a quantidade de barreiras que existe num hipermercado e a falta de espaço para manobrar a viatura endiabrada quando se excede o limite de velocidade nos corredores!

O grau de dificuldade é de tal maneira elevado que qualquer dia teremos que tirar uma licença de condução do carrinho do hiper e aprender a fazer a substituição de rodas danificadas. O veículo deverá passar a estar equipado com rodinhas sobresselentes e com uma almotolia para olear as juntas. Deverá ainda incluir no kit de assistência um conjunto de pastilhas para o correcto funcionamento do sistema de travagem.

É deveras arriscado conduzir este tipo de viaturas, sem o sistema de segurança operacional, quando descemos nas passadeiras rolantes para o parque de estacionamento e somos puxados pelo carrinho que desliza velozmente arrastando-nos atrás. Desaconselha-se a ingestão de bebidas alcoólicas, em quantidade suficiente para reduzir a capacidade de reacção, porque reflexos rápidos poderão travar consequências catastróficas, através do recurso ao corrimão onde nos seguramos com afinco para impedir a marcha furiosa do carro e consequente atropelo de outros sujeitos que circulem na passadeira rolante. É de evitar a condução deste veículo com saltos altos, sobretudo se forem saltos agulha (trust me!).

É minha convicção que, tal como os carrinhos para as crianças, os carrinhos do hiper deveriam sofrer alterações que os tornassem mais fiáveis e mais fáceis de conduzir. Caramba! Há tantos anos que existem com a mesma forma... será que não há nenhum engenhocas capaz de desenvolver um veículo de compras mais aerodinâmico e avançado tecnologicamente sem acréscimo de custos para o proprietário e para o utilizador?

N.B.: Sobre a tempestade dos escritos anteriores tenho a agradecer as palavras de incentivo nas *linhas. Obrigada tb a ti Didi, à menina da rádio e ao sr desinformador! Gabo-vos a paciência e garanto que mais cedo ou mais tarde (de preferência mais cedo) vou dar o salto, ou não seja o meu nick Star*Dust!

NÃO

do Lat. non
adv., partícula de negação; de modo nenhum;
s. m.,
negativa; recusa; repulsa;

NÃO - vocábulo que terei que aprender a empregar com mais frequência

As maravilhas de uma noite de sono... o chamado "sleep on it"!

A oeste, nada de novo!

Afinal estava certa, afinal a facada nas costas não foi assim tão surpreendente porque já era esperada. Pergunto-me como pude ser crédula ao ponto de sequer ter expectativas, de sequer equacionar a hipótese de ser verdade. Já devia saber que não se deve acreditar nas promessas de alguém que já nos falhou mais do que uma vez.

É assim que se perde a fé nas pessoas, é assim que se deixa de acreditar e se fica igual àqueles que se censura.

Agora há algo que não me deixa dormir, ansiei todo o dia pelo momento de fechar a porta de casa e esquecer o trabalho mas fecho os olhos e a respiração flutua rapidamente na almofada aquosa das estúpidas lágrimas, que não consigo conter, e isso deixa-me ainda com mais raiva. Quantas vezes mais serei iludida com falsas promessas (nas quais não acredito mas ainda me esforço por acreditar), quantas vezes mais terei força para continuar a lutar por aquilo que adoro fazer... estará próximo o dia em que irei finalmente perceber o sentido prático da vida e irei ter um trabalho das 9h às 5h do qual não irei gostar e que simplesmente irei esquecer depois de picar o ponto?

Há um grito que sinto preso na voz (não deixa de ser irónico), um nervoso miudinho que me consome e que me faz acender um cigarro atrás do outro enquanto bato com o calcanhar no chão... são situações que me embaraçam de recorrentes e das quais já não sinto vontade de falar, falta-me a coragem... sinto vergonha por não ser capaz de dar um murro na mesa e dar o assunto por encerrado.

Não me apetece exigir explicações porque essas sei que não justificam nada, porque não há nada que justifique as acções, a não ser a falta de consideração e de respeito pelas pessoas e pelo seu trabalho... não consigo deixar de pensar onde será que errei, terá sido na parte da dedicação, de vestir a camisola, de gostar da profissão e de abdicar de tanta coisa por ela... terá sido a parte da compreensão, da tolerância e da paciência? Talvez tenha sido demasiado permissiva com alguém que se julga sempre certo e que é 100% incapaz de repensar atitudes e pedir desculpa.

O pior é saber que não foi a primeira nem será a última vez que acontece, nem a mim nem aos outros!

Não quero conselhos, não quero discursos ensaiados, não quero pressões e mais pesos nos meus ombros (já vergam as costas de os carregar)... enfim, problemas todos temos!

Que se f&#*! Vou dormir.