sexta-feira, abril 07, 2006

Fim de semana, now what?

O fim de semana tem um problema... foge à rotina. São 2 dias, em que (na maior parte das vezes) não temos que acordar cedo e ter o dia todo preenchido e planeado, ao minuto, na agenda.

São 2 dias em que ninguém nos diz o que temos para fazer, razão pela qual temos efectivamente que pensar em algo para ocupar o tempo. O que devia ser lazer torna-se obsessão compulsiva porque queremos rentabilizar ao máximo esse período, tão curto quando comparado com o resto da semana.

Então a fadiga manifesta-se sob a forma de preguiça. Há que organizar as tarefas domésticas de forma a no Domingo não ter rigorosamente nada para fazer e, quem sabe, arriscar a possibilidade de fazer jus à expressão "tira o pé do chão" e rasgar caminho até à pista do K! Mas essa eventualidade acarreta consigo o peso de um dia inteiro desperdiçado a dormir depois de uma noite inteira a dançar... outros valores se levantam. Talvez fosse melhor ir até ao Lounge beber 1 copo e estar na horizontal, no conforto do lar, antes de ir alta a Lua, para aproveitar o dia. O amanhecer do fim de semana é fresco e luminoso, mesmo quando chove, e tem um cheiro especial!

Por outro lado, pegar no carro para ir a Lx beber 1 copo... he (encolhendo os ombros) mais vale convidar o pessoal para vir cá a casa jogar uma cartada a shots de vodka.

As hipóteses para o fim de semana são infinitas. Então porque é que me ocorrem sempre as mesmas? A preguiça arruma-me a um canto no primeiro round e fecha-me em casa - o meu porto seguro.

Aqui: ninguém me dá ordens,
ninguém me pede justificações,
ninguém me chateia se, de manhã, deixar as meias no chão ao lado da cama,
ninguém me impõe a sua presença,
ninguém me pode atacar,
Aqui: posso não atender o telefone se não me apetecer,
posso não ir à porta se não me apetecer,
posso não fazer almoço se não me apetecer,
posso sentar-me na varanda a falar com a Júlia (para as suas folhas continuarem viçosas) e ficar lá o tempo que me apetecer,
posso sentar-me de frente para o aquário e atrofiar fitando os peixes, numa tentativa parva de contar quantos são,
posso sentar-me no escritório e escrever pão saloio pensando em carcacinha.

Gigas e gigas de actividades para ocupar o fim de semana... iluminados pela lua ou pelo sol, cobertos por um lençol de estrelas ou de pólen dos pinheiros... mas afinal, o que é que vou fazer amanhã? É uma tortura esta busca da opção certa, a não ser (vi isto nos Perdidos) que se deixe de procurar. Assim sendo, vou dormir até me doer o corpo e depois logo se vê!

E assim se comprova que devo ter batido com a moleirinha em bebé... uma coisa tão simples como aproveitar o fim de semana ocupa-me tantos caracteres!

1 comentário:

Rita disse...

DEixa os dias rolarem, n penses demasiado nisso. valerá a pena, de certeza : )))